quarta-feira, agosto 18, 2010

Engineering

Vivo um dilema profissional desde que me descobri apaixonada por eletrônica... Qual a real importância daquilo que faço? Vocês, amigos das exatas, vão saber a resposta óbvia que eu já tive que defender para amigos das humanas. Nosso trabalho, enquanto engenheiros, é facilitar a vida de todos. Hoje não vivemos sem muitas das tecnologias que engenheiros inventaram, ou, numa frase mais correta, nossa vida seria bem mais difícil. Concordo bastante com isso, mas hoje também vejo que a gente cada vez inventa mais coisa que não obrigatoriamente precisamos, ou seja, criamos uma necessidade que não existia de verdade... Pensava alguns dias atrás na quantidade de lixo tecnológico que fabricamos e me perguntei o que fazemos com isso.
Sei lá... acho que a inovação é importante, que nosso trabalho é importante, mas também acho que aquilo que era mais importante (e mais fácil) já foi inventado. Agora falta aquilo que é importante e é difícil de conceber. Aí a gente já pula pra uma outra esfera de conhecimento/desenvolvimento.
E para os engenheiros trabalhadores do dia-a-dia, cuja ocupação é desenvolver algo em pouco tempo, que consiga vender em grande quantidade, que custe pouco e que seja inovador? Acaba saindo algumas coisas que não são realmente necessárias, mas que vendem, que tem apelo.
Acho bem difícil ser engenheira nesse contexto. Talvez também porque eu não seja uma mulher de idéias, mas somente de ações.
Sei lá... Não sei se consigo passar direito essa dúvida que às vezes sinto com a engenharia. Acho que tem a ver com uma frase que um dia eu disse de fazer coisas importantes. Quero no final da minha vida, poder olhar pra trás e ter orgulho, não só pelo que eu fiz por mim, mas também pelo coletivo.

domingo, agosto 15, 2010

Lugar

Tava passeando na net e me deparei com um texto que me fez pensar o quanto é difícil achar nosso lugar no mundo.
Acho que todos já passaram, ou ainda passam, por aquele momento em que não nos sentimos pertencentes a algo, em que tudo parece ruim. Talvez as maiores desgraças da vida venham justamente quando alguém passa por esse período e não aguarda ele passar. Afinal, sim, ele passa um dia desde que continuemos a procurar nosso lugar!
Alguns meses atrás um grande amigo me confessou se sentir muito mal no período da faculdade e eu nunca havia percebido... Pra ele a lembrança daqueles tempos não é boa e, digamos, a felicidade em sua vida, veio depois. Lidamos com nossos monstros sozinhos, às vezes, e não obrigatoriamente precisamos. Fiquei me perguntando como não percebi que esse meu amigo se sentia assim? Acontece. Diariamente cada um lida com seus próprios monstros e às vezes nem percebe o dos outros... mas a verdade é que um ouvido amigo sempre faz muito bem nessas horas.
De qualquer forma, sempre fico muito feliz quando percebo que alguém passou por todas essas fases e hoje, pode dizer, que, pelo menos em algum momento, encontrou seu lugar. É um desses pequenos prazeres momentâneos o que eu sinto nessas horas.

domingo, agosto 01, 2010

Mudança

Hoje comecei a arrumar minhas coisas. É impressionante como a gente guarda um monte de coisa e ainda assim falta um monte de coisa! E me deu uma canseira...
Pensei também na quantidade de coisa acumulada durante todos esses anos aqui em Brasília e me lembrei também de quando me mudei de Teresina pra Brasilia. Um monte de coisa indo parar no lixo porque a gente acumula muito material e depois vê que nem era tão importante assim. Pelo menos pra isso serve uma boa mudança: jogar o excedente fora.
Mas ainda não sei como vou fazer, já que dessa vez eu não tenho o meio termo de deixar as coisas na casa da minha mãe. Ou levo comigo ou jogo fora...
No mais, só a ansiedade dominando e daqui a pouco a saudade.
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